terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Casar da azar?

Desde os tempos mais primórdios, vem se perpetuando a absurda fala de que TODA mulher sonha em casar. [Tive que rir] É claro que esse pensamento apavora qualquer homem, basta ouvirem "Quero casar" e Puff, os homens somem e nunca mais... Aposto que os homens que venham a ler isto, dirão que estou generalizando. Mas e pensare que todas as muheres sonham em casar não é generalizar??
Filhos, as vezes, as mulheres nem perdem tempo pensando na possibilidade de - um dia, quem sabe, se não tiverem nada mais importante para fazer - casar. E é nesse ponto que eu queria chegar. Eu já ouvi falar de mulheres que fogem no dia do casamento, outras que desmaiam na hora, outras que vão adiando, adiando até o homem desistir, e outras que já terminam o namoro quando começa a ficar sério demais. No entanto, até então, eu só havia ouvido falar. Agora, eu conheço uma!!! É claro que virei fã. O motivo pelo qual ela desistiu do casamento foi engraçado demais e é por isso que eu decidi contar.
Esta mulher - que vou chamar de Mulher Original¹ - recebeu o pedido de casamento e aceitou. Normal, afinal, assim, de sopetão, a gente tem vergonha de dizer que não, justamente por não ter um motivo sequer para apresentar ali na hora (ou melhor, há milhões, mas não devem ser ditos). Mas conforme o tempo foi passando, um pensamento passou a atormentá-la. E era um pensamento que sussurava... Casar... asar.. azar.. Azar!
E, por mais que ela quisesse se livrar daquele maldito pensamento, não adiantava.. Era sempre aquilo martelando na cabeça: Casar... asar... azar... Azar! Digam-me, como ela poderia se casar, se o subconsciente feminino dela a estava alertando de que o casório traria azar?
Foi então que - olha o ápice da história - a Mulher Original mandou a fala milenar às favas e desmanchou o noivado, afinal, casar seria um pesadelo e não um sonho. E viveu feliz para sempre (depois do Novo Romance Histórico, acho que acabamos de presenciar o Moderno Conto de Fadas).
E foi sorte não ter casado, porque, pelo jeito, se ela quisesse se separar depois, não iria conseguir. Imaginem, se cada vez que ela pensasse no divórcio, surgise o pensamento: Separar... parar.. parar.. parar! Ela iria ficar presa ao casamento para sempre.
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¹quem conhece, sabe porque

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Conhece-te a ti mesmo

...uno hay que autotranscenderse


para eso, primero, hay que conocerse...

Eu e ela estávamos conversando, acompanhadas do bom e velho chimarrão... o costumeiro matezito da tarde, companheiro dos solitários. Aquela doida estava ainda abalada com a amnésia do namorado, resultado de um acidente ocorrido há mais de um ano. Ela se indignava:
- Nem tivemos filhos, não construímos nada juntos.. nada.
E era egoísta, tomara dois mates seguido. E se lamentava:
- Ser abandonada é uma coisa, ser esquecida é outra...
Vi que ela já ia servir o terceiro mate, foi quando pensei em abordá-la, mas sua voz distante e chorosa chegava aos meus ouvidos como tormentos dentro da minha cabeça.. desconcertante! Eu estava tão fixa naquelas palavras que nem a alertei para o fato de que a água fervente da térmica estava escorrendo por sua mão. Ela tão pouco percebia.
De repente, nasceu uma bolha enorme, de queimadura, bem na minha mão. Mas como? Foi então que eu olhei bem dentro dos olhos daquela louca. Ali, eu me enxerguei. Diante de mim, só jazia um espelho... a louca era eu.



a foto é daqui http://www.universo42.com/wp-content/uploads/2009/08/espelho.jpg

sábado, 12 de setembro de 2009

Fábula sem fim: a sopa, o sapo e a mosca

Era uma vez uma mosca que provocava um sapo. Todos os dias ela ia até a lagoa e voava rebolante bem diante dos olhos do sapo, e por mais que ele esticasse a língua, não conseguia alcançá-la. Então, ele dizia:
Um dia o jogo vira..
se hoje eu busco te alcançar, então,
amanhã, tu implorarás por mim.


A mosca, achando-se esperta por saber escapar do sapo, acabou caindo num prato de sopa e se afogando. O sapo ficou só olhando...
(se a história acabasse aqui, a moral seria: não se pode ganhar todas)

A mosca disse: Espere! Se me salvas, então, podes me comer. E assim que o iludido sapo a tirou da sopa, ela voou para longe
(se a história acabasse aqui, a moral seria: não abuse da sorte)

Qual não foi a alegria do sapo ao ver que a mosca cambaleante caira na panela de sopa fervente. No fundo, ela sabia que mosca só tem dois destinos: ou o sapo ou a sopa. Ainda assim, ela se sentiu feliz só por não ter sido comida pelo sapo.
(se a história acabasse aqui, a moral seria: a sorte pode virar a qualquer instante)

O sapo, rancoroso, sabendo disso, foi até o caldeirão, na esperança de tirar a mosca de lá e comê-la. Ao se apoiar no caldeirão, queimou-se, o espasmo fez com que a panela virasse sobre ele.
A morimbunda mosca, compadecida, ainda pôde dar uns passinhos, colocando-se dentro da boca do sapo. Afinal, era o mínimo que podia fazer por alguém que morreria por ela.
O sapo, com enorme dor, fez um esforço tremendo e conseguiu engolir a mosca. Sua expressão era de orgulho e satisfação.
(aqui, a moral seria: Maldade gera maldade, mas bondade não gera bondade)

Chegando no estômago do sapo, a mosca viu muittas outras moscas lá dentro. Arrependida, pensava: Me fez acreditar que eu era especial e acabei me tornando só mais uma.
(acreditem, a história não acaba aqui. Por ora, a moral-geral é que: destino de mosca é morrer, seja por sapo, seja por sopa)

domingo, 5 de julho de 2009

Sobre generais e generalizações

- Cuidado com as generalizações.
Quem já não escutou isso? Ou pior, "cada caso é um caso". Às favas com isso!! Homens são todos iguais, mulheres são todas iguais e eu ainda não sei o que são bugalhos!!
E é generalizando mesmo que eu digo que quem tem muitas paixões, não ama ninguém... simples assim e não há quem me desminta. Há quem não assuma, mas aí é diferente... Eu assumo!
Estou falando daquele sentimento de sentir-me só no meio de mil pessoas... sabe, tenho dessas frescuras, as vezes. Eu tinha uma paixão à frente, outra lá atrás, uma de cada lado meu, mas a que eu queria mesmo, os olhos não viram, e nem por isso o pensamento desistiu em lembrá-lo toda aquela noite...
Não há pessoa mais vazia de amor que aquela quem tem vários "amores". Sei por mim mesma.

Vazio...

Vazão...

E o que é um amor se não um general...
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À proposito, se quando eu disse que homens são todos iguais, alguns homens tomaram como algo pejorativo, não tenho culpa. Isso se chama auto-conscientização. rsrs

domingo, 28 de junho de 2009

Sobre umas coisas e outras...

Não sei porque, mas, muitas vezes, insiste-se em comparar (ou relacionar) coisas que não tem nada a ver. Partindo disso, nasce esta postagem. É claro que, como todo brasileiro que se preze, começa-se pelo mais simples e, se não der muita preguiça, passa-se para "um nível mais elevado do discurso"
Algumas observações, então:

SoBre PrínCipeS enCantadOs e SapOs.
Como foi dito anteriormente, esse tema é o mais fácil, é óbvio. Não se deve fazer essa comparação única e simplesmente porque sapos existem.

Agora, passa-se para um tema extremamente capcioso, digno de teorias, cabelos brancos e leis de Murphy:

SoBre ChaveS e ceLulareS.
Perde-se a hora. Atrapalha-se totalmente. Na hora de sair de casa, toca-se no bolso. Cadê o meu celular??!! Liga-se para ele e Viva!! ele começa a tocar debaixo das almofadas. Pega-se o celular, vai-se e se é feliz para sempre. Agora, imaginemos outra situação: Perde-se a hora (bem perdidinha). Na hora de sair de casa, toca-se no bolso. Cadê a minha chave??!! M&rd@ - Carvalho - Poha!! Simplesmente, não há o que se possa fazer. Ou vai-se sem a chave ou fica-se em casa. Achar uma chave quando se está atrasada é o mesmo que o inter conseguir ganhar de 5 x 2... não dá, sem chance...

Agora, a relação mais desbaratinante que pode haver e sobre a qual eu nem vou comentar. Fica só como reflexão:

SoBre olhOs e cOraçõeS.
"o que os olhos não vêem, o coração não sente"...
Na teoria, é bonito e animador, mas pondo-se na prática discordo, ou melhor, usando uma palavra novíssima, eu diria que eu "desconcordo", pois já tentei tomar isso por verdade. Mas não tomei, na verdade, me engasguei com essa mentira, tive que virar de cabeça pra baixo, me xacoalhar, mas essa verdade, admito, não consegui tomar... e do que eu não sei, eu não falo...

Príncipes e sapos, chaves e celulares, olhos e corações... não têm relação nenhuma, a não ser que nos convenha. Até porque, muitas vezes, a chave está ali na mesinha, bem na nossa frente.. o problema é que não conseguimos enxergar...


...e tudo porque eu ganhei um mouse novo.

sábado, 27 de junho de 2009

Sobre pedras e corações

Quem nesta vida já não pensou que seria perfeito se pudéssemos substituir nossos corações por corações empedernidos? Eu particularmente, trocaria o meu, sem pestanejar, por uma arenita de cimento silicoso, aquelas de grãos bem juntinhos, que servem para amolar objetos cortantes, como o amor, por exemplo.
Mas isso nunca consegui lograr...
As únicas pedras que me surgiram foram as pedras no sapato. Já conheci quem as tivesse nos rins, mas, no coração, nunca!


Infelizmente, pedras não bombeiam sangue!!


Se bem que não duvido nada de que meu coração burro, mesmo se fosse uma pedra, ainda conseguisse se apaixonar. Afinal, o amor é assim, não deixa pedra sobre pedra.

Algumas verdades sobre o amor:

as chaves só podem abrir na medida em que trancaram...
as peças de um quebra-cabeças só se encaixam se estiverem nos seus lugares certos...
um braço quebrado vai sarar um dia...
existem coisas mais afiadas que facas e tesouras...
o celular pode ser a pior arma durante uma bebedeira...
agulhas tapam furos, mas espetam...
escolher entre as infinitas cores de esmalte é tarefa dificil, quase sempre escolhemos errado...
lembranças de inverno nunca ficam na memória...
colecionar fotos não ressussita pessoas...
o ser humano é capaz de sentir, de fato, um cheiro ao lembrá-lo...
luzes no cabelo não acendem as lamparinas do juízo...
ser ator da vida não traz sucesso...
planos não dão certo nem para pink e cérebro...
certos corações tocam mais que as mãos...
música é um remédio não encontrado nas farmácias...
mas seu uso indevido retarda a regeneração do músculo cardíaco...
réguas não medem sentimentos...
saudade foi a pior invenção da humanidade...
lãmpadas econômicas deixam o ambiente morno...
as lâmpadas normais não se pode mais usar porque causam danos...
o cabo USB, ao contrário do que dizem, não transfere tudo...
o bluetooth, assim de longe, muito menos...
nos dias alegres, não se percebe os ponteiros do relógio...
sol, casacos e cobertores nem sempre aquecem por completo...
jaulas impalpáveis existem...
fitas k-7, que muito emocionaram, são esquecidas...
e, por fim...
se você encher demais o balão, ele estoura, se você o encher na medida exata, ela vai durar por um tempo até começar a esvaziar... no fim de tudo, aquilo que antes enfeitava, agora, não passa de um vazio, sem vida e sem ar...

...

que pena! eu amei aquele balão...

terça-feira, 16 de junho de 2009

Ataques de Mary Jane Watson

Desabafo de uma mulher (que ainda espera um super-heroi) incompreendida.
Não importa o que eu faça, se eu disser que amo ou se disser que odeio, sempre vou estar mentindo.
Se eu mato, sou cruel. Se morro, sou covarde.
Oito é muito pouco, 80 é demais!
Se agrado os troianos, recebo presente dos gregos. Se fico do lado dos gregos, Páris perde sua Helena.
Se a comida não está salgada demais, está sem gosto.
Quando eu falo baixo, não me ouvem. Quando eu grito, não tenho "modos".
Se escrevo no blog, é porque estou triste. Se fico sem escrever, também é porque estou triste!!
Se falo (ou escrevo) o que penso, não tenho coração. Se me calo e guardo pra mim, não sei me abrir.
Se choro, é porque sou fresca, se não choro, não tenho sentimentos.
Se atendo o celular, xii é homem. Se ignoro a chamada, é homem, mas aprontou comigo.
Se leio Nietzsche, sou metida a adulta. Se leio o Homem-Aranha, sou infantil.

Porque é que não dá pra agradar todo (o) mundo?
As pessoas pensam coisas diferntes a partir de uma mesma atitude minha. Já não sei se ajo por elas ou por mim...
Só sei que sempre que agi por mim mesma, eu:
Amei... Morri... Fui 80... Agradei os troianos... Salguei a comida... Sussurrei... Escrevi no blog... Me calei... Chorei... Ignorei as chamadas... E quer saber do que mais... Eu trocaria tudo o que tenho, se Peter Park viesse até a minha janela essa noite.

terça-feira, 9 de junho de 2009

O palco da vida

Hoje nao está um bom dia pra ensaiar, hoje está bom pra escrever...
Bom, levando em conta que, hoje em dia, a maioria de nós, deixou de viver e passou a encenar - sem perceber que toda encenação parte da vida real -, eu pensei em escrever sobre isso um capítulo da minha vida, que não passa de mais um conto de fatalidades. Senta que lá vem história...


Era uma vez...
Ela olhava para seus pés enquanto caminhava pela feira...Se distraia com tudo!
Só conseguia pensar em quantas carruagens poderiam ter gerado aquelas abóboras... E as pessoas iriam comê-las! Pensou que as pessoas eram injustas com as meninas que ficariam limpando o chão na noite do baile.
Seguiu caminhando e, quando olhou para o alto de um prédio, viu uma moça bonita penteando seu enorme cabelo na janela. Sorriu para a moça como quem soubesse de seus segredo: jogaria as tranças para que seu principe pudese subir lá em cima e vê-la todas as noites... Quis contar para a moça que, quando seu principe ficasse cego por causa dos espinhos, as lágrimas dela o curariam, mas não teve tempo, a moça fechou a janela.
Preocupada, esbarrou em um senhor. Pensou que aquele homem com uma corcunda enorme morava na Catedral de Notre Dame. Preocupou-se por achar que os sinos não seriam tocados, em Paris, naquela manhã... Sabia que ele tinha bons sentimentos e que conversava com gárgulas. Elas não se importavam com sua aparência e, por isso, ela também não se importava. Sorriu para o homem... As aparências poderiam enganar a muitos, mas não a ela.


Mas o que ela poderia saber sobre isso, era só uma criança.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Amante, no mau (ou bom?) sentido

Têm algumas coisas na vida que a gente só passa a entender quando vive ativamente. Na condição passiva, além de não entendermos, não aceitamos. Só que a vida... a vida é uma caixinha de surpresas. Adoto como lei na vida o colocar-se no lugar do outro para ver como realmente é... se ainda assim não concordarmos com a escolha ou opinião do outro, aí sim temos direito de discutir. Para me fazer entender melhor, senta que lá vem história... E essa começa quando uma moça leu o...

Manual da Amante Esperançosa.
Passo nº 1: Perca a esperança.
Passo nº 2: Recolha-se a sua condição extra-matrimonial.
Passo nº 3: Diga sempre que o ama, assista futebol, pegue cerveja, faça amor com ele na hora da novela, dance nua para ele, nunca esqueça de dizer que o ama.
Passo nº 4: Nunca faça exigências, nem cobranças. Não chore, não fique triste, não menstrue, sorria sempre que ele te olhar, acorde bonita.
Se seguir esses passos, você obterá por resultado: Amante nota 10!
Parabéns, assim, você é a mulher que todo homem vai querer ter por perto, mas que nunca irá apresentar aos amigos. Aquelas promessas de te promover à esposa foram, provavelmente, uma tática do "chefe" para que você rendesse mais.

A moça nunca se perdoou por ter lido somente até o passo nº 4. Seguiu tudo e a aliança nunca chegou.
Dá pra acreditar que a coitadinha estava tão desesperada a ponto de seguir este guia que a tornaria uma (sub)mulher perfeita!? Mas se o que não tem remédio, remediado está, a moça teve um "Ás" na manga... Rasgou o manual, tomou um bom banho, chorou muito tomando banho e largou tudo. Viu que o "mais pro futuro..." do qual seu amado tanto falara não existiria.
Ela arranjou alguém e casou. Em seguida, ela arranjou um amante... Ele dizia que a amava, assistia a novela a seu lado, buscava a cerveja, fazia amor com ela durante o futebol, dançava nu para ela. Nunca exigia nada, nem fazia cobranças. Não roncava, acordava bonito.

Engraçado como depois de tudo isso, ela não quis promovê-lo a marido. E porque iria querê-lo? Maridos roncam, trabalham demais, nunca dizem que ama,m fazem cobranças, acordam feios. Seria burrice transformar o amante perfeito no marido imperfeito!

Foi aí que ela começou a entender a atitude tomada pelo seu antigo "amor". Ela fazia as famosas coisas simples serem diferentes...
Agora, ela entendera tudo! Amante é a mulher que o homem jamais se permitirá ter como esposa ou namorada... por medo de torná-la imperfeita, por medo de torná-la o que ele já tem em casa e não lhe causa surpresas. Não, não com você! A namorada ou esposa está ali porque tem que estar, acomodou-se... porque infelizmente, algumas pessoas nasceram para menstruar. A amante está ali porque quer estar, porque gosta de estar.

Lembram do babaca da primeira parte da história? Pois bem, o "mais pro futuro..." do qual ele tanto falava chegou. Dizem que ele se arrependeu de não ter abandonado certas coisas sem sentido para ficar com a moça. E de que adianta arrepender-se quando já é tão tarde?
Essa parte eu não sei se é verdade, mas dizem que ele foi procurá-la quando a esposa o largou e ela o aceitou... como amante, é claro. Afinal, não largaria seu marido por nada!

sábado, 9 de maio de 2009

Magia...

Ao som de "Mi unicornio azul", escrevo esta postagem e o que me causou um certo estranhamento é que sinto que não vou escrever nada feio ou triste.

Vim falar de querer!
Diálogo entre mim o e gênio da lâmpada

Eu: - Quero um dia colorido como um arco-íris, um dia para se admirar...
Gênio: - Pena que para que teu dia seja um arco-íris, a chuva seja obrigatória.
Eu: - Mas hoje eu não quero chuva!...
- Então eu passo a querer um dia colorido como uma bolha de sabão.. linda, leve, sem destino.
Gênio: - Mas já viste beleza mais curta que a de uma bolha de sabão? Eu não.
Eu: - É verdade... Então não posso querer um dia que tenha uma beleza curta.
Gênio: - Mas o que poderia ter uma beleza duradoura?
Eu: - Já sei! Quero que meu dia se abra perfeito como um gira-sol... e vou acompanhar a esplêndida luz do sol até que ele se ponha!
Gênio: - Mas pobre gira-sol... ele só sabe olhar em uma única direção e depois, quando o sol o deixa, ele entristece...
Eu: - Ah não! Eu não quero ter um dia assim, quero olhar o mundo!
Gênio: - O que olha o mundo sem perder nenhum detalhe??
Eu: - É claro; uma nuvenzinha! Quero ter um dia de nuvem... lá em cima olhando em toda direção, respirando tudo, ficando bem gordinha.
Gênio: - Mas se um vento te soprar pra longe e te fizer chover até que tu fiques vazia?!
Eu: - Não, não quero isso!
- Gênio, pode ir... não quero mais nada... estou bem assim...
- Olha só tudo o que eu quis e depois desquis...
Gênio: - Grande coisa... como se a alguém bastasse o querer...
- As vezes, o que mais se quer é justamente o que se tem.

terça-feira, 5 de maio de 2009

"Um coração cheio ... de vazio"

Sabe...
Quando eu era criança e aquela injusta professora me mandou sair da sala eu senti tanta mágoa... Aquele modo kafkiano não podia ter sido usado, não comigo. Eu era tão pequena e, pra mim, aquilo foi o fim do mundo; Mas no outro dia eu voltei e tudo estava bem de novo.
Quando mandam a gente sair da frente da tv dá uma raiva. Mas tudo bem, não vou morrer por isso. Provavelmente eu já tenha feito a mesma coisa sem perceber;
Quando meu contrato acabou lá no BB e eu tive que sair do meu amado emprego, parece que eu não ia saber de mais nada, afianal eu já estava tão acostumada a ele que foi muito difícil. Mas depois de um tempo, me ligaram e me perguntaram se eu queria voltar. Que dia feliz!

Mas imaginem o que eu senti quando fui mandada embora de uma vida... escola e trabalho pareceram não significar mais nada. Na verdade, estavam lá no fim da fila das minhas prioridades.
A esperança ainda insiste em aparecer. O problema é que antes eu achava que estava a dois passos do paraíso. Agora, tem um abismo intransponível! Tô com medo.

Ser mandada embora de uma vida!
E quem foi que te disse que eu consigo ir?
E que disse que eu quero ir?


Título surrupiado da fala de Emílio Gil, grande amigo e companheiro de situação

segunda-feira, 9 de março de 2009

O ônus que nos traz o bônus

Vejam o diálogo que eu escutei muito por acaso quando parei para ver que horas eram no meu celular. Acredito que se referisse a uma situação em que o 'rapaz' disse que ia ligar para a moça no outro dia, mas não ligou. E a coitada estava esperando.

A amiga: - óóó.. tadinha!
A mãe (eu acho): - Não chora filha..
A amiga: - Provavelmente ele só tenha dito que ligaria porque ficou com vergonha de dizer que não tinha crédito.

Inevitável não rir, tentei ver quem era, mas não consegui, afinal de contas, aqui em Jaguarão, todo mundo se conhece.
Depois que parei de rir feito louca na rua, comecei a pensar e aquela famosa ruga de expressão surgiu na minha testa.
Caramba.. a amiga da moça está certíssima!
Pobres homens, se eles não pedem o número do celular é porque estão desinteressados.
Se pedem para mostrar interesse, mas não podem ligar, também significa que estão desinteressados!
E o pior... se eles ligam uma vez e acabam-se os créditos, fica-se a pensar que eles não gostaram do papo, afinal, "nunca mais ligaram" e mais uma vez parecem estar desinteressados.
Ah filha, faz o favor né... bota um crédito e liga tu pra ver como é bom! Garanto que ele vai ficar horas falando contigo e vai achar teu papo ótimo!!
O problema é que, quando acabarem-se os teus créditos e tu não puderes mais ligar pra ele, ele vai achar que tu estás desinteressada... [mas como tu ficaste falando 15 minutos com ele no celular, ele ganhou 500 minutos em bônus - Viva a concorrência]
Ai ai... e aí, sinto informar, mas ele vai pedir o número de outras e aí sim, pra elas ele vai ligar, afinal, hoje em dia, o povo vive de bônus!