sábado, 4 de outubro de 2008

Eu Me reCuSo, FaçO Hora, vOu Na vaLsa....

Veja bem... nunca fui de acreditar muito em horóscopos, inferno astral e otras cositas más, mas, confesso, - ontem eu deveria ter dado ouvidos. Ou quem sabe eu tenha absorvido subconscinentemente as previsões do radialista!!!
 A questão é que, ao levantar, eu liguei o rádio e o locutor imediatamente anunciou: (Note que esta foi a primeira coincidência)
- Alô alô capricornianos... hoje o dia será tumultuado, pessoas tentarão atrapalhar o seu caminho.
- Humm... que besteira - pensei - impossível que todas as pessoas que nasceram em janeiro fossem ter seus dias tumultuados
Doce engano...hehehe


Tomei meu cafezinho e saí para dar uma volta... típico de pessoa que não tem mais o que fazer (só uma resenha crítica de três autores diferentes, fazer uma análise literária, ensaiar uma peça de teatro que temo ser erótica e, é claro, tenho exame de morfossintaxe na segunda-feira).


Tinha esquecido que as pessoas são crueis, mas olhei para o meu cachorro que me seguia alegremente e lembrei que envenenaram o Costelinha e a Esperança aqui na vizinhança. (Aviso aos navegantes desta canoa furada chamada mundo: - A esperança foi a última que morreu!)


Bom, retornei, deixei o cusquinho dentro de casa. Quando ia saindo novamente olhei para o sol e ele brilhava tanto, mas, ao baixar a cabeça, deparei-me com algo que brilhava ainda mais. E a dona do olhar encantador me disse assim:
- Me consegue uma coisinha de comer, tia?
Digam-me: Como eu poderia dizer que não??


Retornei a casa, aproveitei que a torradeira ainda estava quente, fiz um sanduiche, servi um copo de suco e levei para a menininha. Enquanto ela comia, conversava comigo. Nossa!! Nem lembrava como as crianças dizem coisas interessantíssimas!!! A menina me fez perguntas que, pasmem, nem Freud explica!!!
Acreditem, a menina me perguntou qual casa era a minha. A princípio não entendi a pergunta, mas tentei explicar a ela que o que ela achava que eram várias casinhas, eram os cômodos de uma única casa. Ela pensava que cada cômodo era a casa de uma família. Meu Deus, senti minha garganta secar quando ela agradeceu pelo "almoço". Meu Deus, era só um pão!!!!


Quando ela foi embora (e juro que queria que ela tivesse ficado ali comigo pra sempre), eu levei o copo dela até a cozinha e achei que poderia, finalmente, dar meu passeio sossegada. Ledo engano...


O telefone tocou!! Lei de Murphy, comprovadíssima por mim. Dei toda a volta na casa correndo e quando tirei o telefone do gancho a ligação já tinha caído. Tentei gritar um palavrão, mas me senti idiota e desisti.


Olhei o relógio, já estava na hora de ir preparando o almoço.
- Hunf... Eu nem queria sair mesmo...
Mas tenho a estranha sensação de que se eu não tivesse ligado o rádio naquela hora, nada disso teria acontecido.